31 janeiro 2007

Oh frio, volta p`ra tráááásss!



Parvalheira,
Janeiro 2007

About Ulisses





Está em plena recuperação.

Tirei-lhe, finalmente, a parabólica. Já não podia ver o cão com aquilo ...

A ferida até tem bom aspecto, apesar de ainda estar em carne viva. Pele é que nem vê-la.

A patinha ainda anda no ar. Só a pousa no chão, quando se senta.

O tipo já anda todo bem disposto e até já corre atrás dos pardais que se escondem na laranjeira.





30 janeiro 2007

Um pôr-do-sol para a Maria



Parvalheira,
Janeiro 2007

Sobre o Frio

Algumas ideias:

  • Tanto ano a andar de transportes públicos, a apanhar chuva e a ficar encharcada durante todo o dia e agora, que ando de carro, é que me apareceu uma frieira no pé !?;
  • O frio congelou o gel de duche dentro do frasco ... ;
  • Tenho de andar com três camisolas, no mínimo, para me sentir quente e confortável. Os collant`s e as sóquétes também não podem faltar;
  • Tenho dormido com um pijama de polar. Não se pense que acordo com calor. Nah. Fresquinha que nem uma alface ... ;
  • Estou farta de nevoeiro!!!!

Ideias fálicas?

Eu parto-me a rir, sempre, que vejo esta imagem ...

A fotografia até foi tirada ao acaso, mas quando vimos a associação de ideias rimos tanto!




Karlovy Vary, República Checa
Agosto 2006

29 janeiro 2007

...


Eu quero ir para casa ...

Uma flor para a Maria




Parvalheira,
Janeiro 2007


Gostamos de ti! Muito!

Aeroporto

Ela já chegou!

Fui esperá-la ao aeroporto com a minha amiga que fez Erasmus comigo. Que nostalgia!

Eu adoro aeroportos. Gosto das partidas. Gosto das chegadas. Gosto tanto de sentir aquela emoção de esperar alguém. De sentir, no ar, a saudade. O nervosismo de quem espera ...

Também gosto de sentir que me esperam. O stress das malas nunca mais chegarem, quando está alguém lá fora à minha espera ...

Acho que errei na profissão! Eu deveria trabalhar num aeroporto. Esperar, com saudades, as pessoas que aterram! Ai que vontade de passar a passagem proibida ...







Mas adiante ... fizemos um cartaz para ela nos ver! Viu ela e o resto das pessoas que ali estavam. Tudo olhava e tudo sorria perante aquele gesto de carinho.

Também era suposto eu ter tirado fotografias, mas devido àquele meu problemazito de viver, com intensidade, as situações ... só tirei uma fotografia, porque a minha companheira me abanou ... Mas eu não mudo !?







Depois, quando ela chegou ... soube tão bem aquele abraço que estava em falta, desde fins de 2005. Soube tão bem vê-la. Soube tão bem cheirar Bruxelas. Mas o melhor de tudo, é que ela fica em casa da minha madrinha, ou seja, vou vê-la muitas e muitas vezes.

O melhor ainda está para vir. Ontem, fomos mostrar-lhe Lisboa e começa a nevar! Eu vi nevar!!! Eu vi, eu vi! Enquanto nós festejávamos, ela queixava-se!

Resumindo, um fim-de-semana em cheio.

25 janeiro 2007

Sim,sim,sim,sim!!

Estou cá com uma fome da cidade!

Fome de barulho! De confusão! De chegar a casa de madrugada! De comer comida de plástico! De estar com os meus amigos!

FOME!!

24 janeiro 2007

Catano do cão!

Agora deu em tirar a ligadura, com a parabólica ...

O meu cão deve ter sido contorcionista noutra encarnação. Só pode!

A ferida está melhor. Está mais seca. Só é pena o raio da pele demorar tanto tempo a crescer ...

Ai o frio...

Ai tanto frio ...









Menina de Missangas

Tinha isto guardado há tanto, mas tanto tempo...

Estas mini-férias andei a revolver recordações,abri a gaveta e apeteceu-me terminá-lo!


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Há muito, muito tempo conheci uma menina chamada Bernardete.

Bernardete era feita de missangas, tinha o cabelo vermelho e verde e trazia no seu corpo maleável um belo vestido amarelo.

Todos os dias a menina ia por um longo caminho que a encaminhava para um campo de alecrim tão grande, tão grande, que as pessoas que vivem na China diziam já o ter visto por lá…mas este campo de alecrim era só de Bernardete, dela e de quem lá morava.

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Às vezes, quando corria muito pelos campos de alecrim, Bernardete deixava cair uma ou mais missangas. Mas ela nem reparava nisso, tal era a sua alegria por rodopiar com o vento, dar saltos com os pássaros e conversar com as flores.

Se não fosse o Coze-Coze, Bernardete já não teria missangas. Nem uma! E se isso acontecesse, como é que contaríamos esta história? Temos de conversar com a Bernardete…


“Já reparaste que andas a perder missangas,Bernardete?” – perguntamos nós.
“Missangas? Eu ando a per-der missangas !?” - responde Bernardete, muito nervosa.
“Andas! Devias ter mais cuidado contigo ou qualquer dia,desapareces!”
“Oh! Tenho de chamar o Coze-Coze para me cozer!” – diz Bernardete, já perto dum colapso cardíaco.
“Nós íamos sugerir-te isso mesmo…” – respondemos nós, cheios de entusiasmo!
“COZE-COZE?? Oh coze-coze!!! Ajuda-me,por favor! Ai que eu estou tão aflita! Ai socorro! A – JU – DA – MEEEEEE!!”


Coze-Coze lá foi, todo apressado, depois de ter ouvido Bernardete a gritar por ele. Não podia correr muito depressa, porque as suas minúsculas pernas não o deixavam, nem os seus pequeninos pés, sempre envoltos em meias coloridas e pompom`s saltitantes, o deixavam chegar depressa aonde quer que fosse.


“Cheguei,Bernardete! Mas que gritaria é essa!?” – pergunta, admirado, Coze-Coze.
“Oh Coze-Coze, perdi missangas. Tu, por acaso, não tens aí nenhuma? Daquelas, assim, tu sabes! Daquelas que eu sempre perco…” – pergunta ela , cheia de vergonha.
“Bernardete, tens de ter mais cuidado contigo,não concordas?” – responde o Coze-Coze, metendo a mão no queixo e franzindo o sobrolho.
“Nós também achamos!” – dizemos nós.
“Vês ! Até eles acham,Bernardete! Vá lá, faz um esforço!” – diz ele, encorajando Bernardete.
“ Mas…eu…eu… eu não tenho culpa de gostar de rodopiar no céu azul, baixar-me para falar com as minhas amigas flores, rastejar no chão para dizer olá às formigas! Eu não tenho culpa,Coze-Coze! Eu sou assim… “ – queixa-se ela.
“Bernardete, Bernardete … tens de te controlar mais! Vá, dá-me cá a tua perna para eu te cozer esta missanga azul turquesa que perdeste já não sei aonde. Sinceramente, Bernardete!” – resmunga o Coze- Coze.
“Obrigada, Coze-Coze! É bom saber que posso sempre contar contigo…” – disse ela, dando um grande abraço a Coze-Coze e um beijinho na sua face fofa.


Cenas dos próximos capítulos: Será que o Coze-Coze terá missangas suficientes?

23 janeiro 2007

Enfim...


Na cidade, quando abrimos a porta de casa, é suposto encontrarmos cães e gatos pelas ruas,não é?


Pois, aqui na Parvónia City quando abro a porta, dou de caras com elas!







Temperatura

Frio! Muito, muito frio!

Geada! Muita, muita geada!

Pingos! Muitos, muitos pingos a caírem do meu telhado devido ao gelo que lá se acumulou durante a noite!

Roupa! Muita, muita roupa para eu não ter frio!

Chouriço! Pareço um chouriço!

Ah pois é!

Nunca mais é fim-de-semana! Nunca mais é fim-de-semana! Nunca mais é fim-de-semana! Nunca mais é fim-de-semana!

NUNCA MAIS!

22 janeiro 2007

Recordações

De vez em quando, cometo a loucura de ver fotos da Bélgica (medo!) ...

Desta vez encontrei estas fotografias, que estavam perdidas nas minhas memórias. Quando me lembro da situação, desato-me a rir. Imagine-se eu a tentar consolar uma miúda de dois anos ... em francês!




Legenda:" A miúda está a tentar dizer-me qualquer coisa ...mas tinha de ser em francês !? E parece chateada..."






Legenda: " Oui, oui! Mais, qu`est-ce qu`il y a? Ça va? Non?? Alors!!!???"






Legenda: "SOCORRO! A miúda está a atacar-me com francês. Tirem-me daqui! "






Legenda: "Pronto, já passou..."




Moral da história, a linguagem gestual é tudo!

21 janeiro 2007

20 janeiro 2007

Humpf


E
continua ...




Um chapéu austríaco






A porta deslizou, revelando delicados olhos.
Perguntaste-me acerca do meu chapéu austríaco.
Falámos sobre os nossos antepassados.
Movemo-nos ao ritmo do comboio nocturno,
Alvorada, e em Vilnius abdiquei das minhas memórias.

Entras-te na minha vida sem cerimónia.
Sentimentos abandonados brotam sem convite.
Senti um segredo em ti mas ignorei-o.
No oceano da vida empurraste-me para a costa.
É areia ou estrelas nos meus olhos?

Mas o tempo forçou-me para Minsk,
O busto de Dzherzhinsky vigia os meus movimentos.
Aqui a luxúria da ausência envolve os meus passos.
An doentia auto-imersão é rapidamente quebrada.
Hoje agitação está na agenda da cidade.

Tumultos na praça Nezaleznasci são reprimidos.
Um estranho mostra-me um local seguro.
Balas de borracha assobiam uma canção sinistra.
Cães polícia ladram a carros carbonizados.
Granadas lacrimogéneas absolvem-me da compostura.

Tornei-me incapaz de ler o azimute no meu horizonte.
Perdido, perco-me em livrarias soviéticas.
Contudo aqui a sensação de duplicidade subsiste.
Desamparado, estou cada vez mais assombrado pelo teu sorriso.
Para o anarquista, o caos interior acaba de começar…


M. Daedalus


18 janeiro 2007

Preciso de Luz




Já há muito tempo que não o escrevia, mas eu estou cheia de saudades de casa.